terça-feira, 10 de maio de 2011

A família na escola

                                       


            Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=MCi7Tj15LAI

Cresce a inclusão escolar de deficientes


Por CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo

Jabes, 10, tem deficiência física e mental. Bruna, 14, paralisia cerebral. Juliana e Rafael, 8, são paraplégicos. Vinícius, 13, cego. Além de serem crianças com necessidades especiais, elas também têm em comum o fato de freqüentarem escolas regulares e estarem na mesma classe de alunos não-deficientes.

A inclusão de crianças deficientes em escolas regulares vem crescendo no país. O número de matriculados cresceu 229% nos últimos cinco anos, segundo o Censo Escolar do Ministério da Educação. Passou de 43.923 alunos em 1998, quando o censo analisou pela primeira vez a situação dos alunos especiais, para 144.583 estudantes no ano passado.

No país, há 503.570 alunos matriculados com necessidades especiais --deficiências visual, auditiva, física e mental. Do total, cerca de 30% freqüentam escolas que oferecem o ensino regular --em 98, eram 13%. O restante está em escolas ou salas especiais.

A recomendação para que pessoas com deficiências sejam educadas na rede regular de ensino está na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O Brasil é também signatário de uma declaração internacional que selou o compromisso de garantir acesso à educação inclusiva até 2010.

Se por um lado o acesso às escolas cresce a cada ano, por outro ainda são precárias as instalações físicas, a oferta de material didático-pedagógico e a capacitação de professores para o atendimento dessas crianças.

"Soubemos de um caso de uma criança com síndrome de Down que fica perambulando durante o período de aula pelos corredores da escola. Quem acaba tomando conta dela é a copeira", afirma Edigilson Tavares, coordenador do Instituto Apae, que oferece cursos de capacitação a professores do ensino regular.

Na opinião de José Rafael Miranda, coordenador-geral de desenvolvimento da Secretaria de Educação Especial do MEC, o problema não é falta de recursos. Há verbas federais e de organismos internacionais para projetos que promovam a inclusão da criança deficiente nas escolas, afirma Miranda.

"O país é riquíssimo em leis que protegem as crianças com necessidades especiais. Mas falta sensibilidade para alguns gestores da educação. Ainda há medo e preconceito", diz.

Outro problema é a falta de apoio terapêutico. Muitas das crianças que freqüentam as escolas regulares não conseguem fazer as terapias necessárias (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psiquiatria, entre outras) por falta de acesso a locais especializados.

Em Itaquera (zona leste), por exemplo, a fila de espera para ser atendido por uma psicóloga da rede pública de saúde é de 2.000 pessoas. A rede também não dispõe de psiquiatra na região.

"Quando conseguimos vaga em entidades conveniadas, há o problema do transporte. Muitos pais desistem do tratamento porque não têm como arcar com essa despesa", afirma Maria Elisa Frizzarini, supervisora da coordenadoria de educação da Subprefeitura de Itaquera.

É o caso da menina Bruna Lima do Nascimento. Portadora de paralisia cerebral adquirida por problemas no parto, ela não anda, quase não fala e apresenta movimentos bruscos involuntários. Estuda com outros 30 alunos em uma sala da 2ª série do ensino fundamental na escola municipal Benedito Calixto, no Jardim São Pedro (zona leste).

A mãe de Bruna, Maria Lopes de Lima, 45, diz que a filha deveria estar sob cuidados de uma terapeuta ocupacional, mas não há dinheiro para bancar o tratamento. A única renda da casa é a pensão de R$ 240 que a menina recebe em razão da sua deficiência.

Ainda assim, ela acredita que a menina progrediu desde que passou a freqüentar uma escola regular. "Ela já consegue pronunciar algumas palavras, aponta a sala de aula e reconhece os colegas."

Entre os educadores, há os que defendem a inclusão imediata das crianças em classes regulares e outros que preferem a inclusão gradativa, na qual as crianças freqüentam primeiro uma sala especial na própria escola, interagindo com os outros alunos em atividades específicas, para depois entrarem em uma classe regular.

Para Miranda, do MEC, as crianças com deficiências mentais, físicas, visuais e auditivas conseguem inúmeros progressos em classes de ensino regular convivendo com o diferente.
"A linguagem é acelerada e eles aprendem novos conceitos brincando com as outras crianças", diz Sônia Silva, coordenadora de estudos e novas pedagogias da Secretaria Estadual da Educação.

Fonte: http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoecia


Diversidade na escola favorece socialização dos estudantes





Durante o intervalo das aulas, na escola municipal Dona Lili, em Balneário Camboriú (SC), duas crianças gesticulam incessantemente. Sorrindo, os professores só as observam de longe. Os gestos rápidos, firmes e incisivos não são acompanhados de sons. Os meninos estão conversando na linguagem brasileira de sinais (libras).
A cena, cada vez mais frequente em escolas públicas, revela resultados da política do governo federal para inclusão de estudantes com deficiência em turmas regulares. Uma campanha de televisão divulgada esta semana, promovida pelo Ministério da Educação, mostra a importância da inclusão desses estudantes e o combate ao preconceito.
Um dos estudantes da escola de Camboriú é Sanderson Ferreira, 13, surdo, matriculado na turma regular do sétimo ano. Sanderson é um dos 13 alunos com deficiência, física ou mental, atendidos na Dona Lili. São crianças com surdez, espectro autista, paralisia cerebral, síndrome de Tourette, mas que frequentam a escola comum. Durante as aulas, Sanderson é acompanhado por um intérprete de libras que repassa, na linguagem de sinais, o conteúdo explicado pelo professor.
Com dez anos de funcionamento, a escola se adaptou para atender as necessidades de seus alunos, seja nas rampas de acesso, nos intérpretes de libras ou no apoio pedagógico especial, durante as aulas e nos contraturnos. O esforço busca propiciar aos alunos com deficiência a oportunidade de adquirir conhecimento no mesmo ambiente das outras crianças.
A diretora da escola, Suzete Reinert, considera essa política como instrumento para formação não apenas intelectual das crianças. “O nosso principal objetivo é que nossos alunos aprendam, dentro de suas possibilidades, o máximo possível”, diz ela. “Porém não é só o aprendizado acadêmico, do português e da matemática, que importa. Vindo aqui, eles ganham mais independência, sociabilizam melhor e superam seus limites”, diz a diretora.
Barreira – Uma barreira no processo de inclusão é a falta de conscientização de alguns professores, que resistem à presença dos alunos em sala de aula, recusam-se a alterar seus métodos de ensino e têm dificuldades de aceitar os profissionais de apoio pedagógico especial, que auxiliam professores que possuem alunos com deficiência na sala. O trabalho do apoio especial não substitui o professor regente, o principal responsável pelo aluno.
Segundo Suzete Reinert, “é importante que os professores saibam qual é a deficiência que a criança tem, pois as necessidades de uma criança com autismo são diferentes das de um cadeirante”. Para superar a desconfiança é preciso focar na formação do professor.
Pedagoga especializada em educação especial, Giséli Vinotti faz parte da equipe de apoio pedagógico especial da escola. Ela defende a inclusão e o aprendizado das crianças com deficiência como um esforço da escola, da criança e dos pais. “Um dos problemas que enfrentamos é a resistência de alguns pais para permitir que seus filhos venham à escola, eles resistem muitas vezes por achar que a escola não vai dar a atenção necessária”, afirma Vinotti.
Pai de uma aluna com espectro autista e professor de informática da Dona Lili, Jamis Correa reconhece a importância da escola na vida da filha. “Ela tem dificuldade de se adaptar à rotina e encontra isso aqui. A escola conversou com a gente e se preparou para recebê-la, hoje ela já pergunta pelas aulas do dia.”
As ações desenvolvidas na escola Dona Lili se enquadram nos projetos de inclusão da rede municipal de educação de Balneário Camboriú e são coordenados pelo Departamento de Educação Especial.

Profissionais
– Implantado em 2002 para levar uma educação inclusiva de qualidade, o departamento conta com profissionais especializados, como pedagogos e educadores especiais, psicólogos, fonoaudiólogos, instrutores e intérpretes de libras, para atender 480 crianças com deficiência nas 16 escolas e 23 centros de educação infantil.
Apesar do sucesso atingido pelos programas, para a diretora do departamento, Fabiana Lorenzoni, é preciso ainda flexibilizar o currículo escolar e criar novos métodos de avaliação. “É preciso adequar os mecanismos de avaliação que serão utilizados, não podemos avaliar da mesma forma pessoas com deficiências diferentes nem aquelas que não têm deficiência.”

  Para Lorenzoni, a política de educação inclusiva tem papel fundamental na construção do caráter cidadão não apenas dos deficientes atendidos, mas dos demais estudantes. Para a diretora, o contato entre alunos comuns e alunos com deficiência cria uma relação mútua de desenvolvimento. “Enquanto os alunos comuns aprendem a conviver com a diversidade, os alunos com deficiência se sociabilizam, tornando-se menos infantilizados, aprendem mais.”
Socialização – É o caso de Dionei Berto, 17, que estudou na escola Dona Lili até 2009 e hoje cursa o primeiro ano do ensino médio em turma regular da Escola Estadual Urbana Profª Francisca Alves Gevaerd. Ele sonha ser médico, joga vôlei em uma escolinha no colégio, gosta de surfe, trabalha como copeiro e, devido a uma deformidade congênita, não tem o antebraço esquerdo.

 Dionei participou de uma escolinha de surfe vinculada à rede municipal. “Se no colégio eu ficava no meu canto, com uns poucos amigos, no surfe sempre me trataram como igual, com o tempo eu comecei a fazer mais amigos”, revela Berto.
Praticar o esporte elevou a autoestima e a confiança do adolescente, porém a discriminação não acabou. Segundo Dionei, “há as brincadeiras e os apelidos que não incomodam, dos amigos, mas têm aqueles que querem ofender, nesses casos eu fico chateado”.

Fonte: http://blogdocurupira.files.wordpress.com

A sexualidade na escola

Travestis e transexuais poderão usar nome social na caderneta escolar e na lista de chamada na rede pública estadual

POR AMANDA PINHEIRO, RIO DE JANEIRO

 

  

Rio - Quando voltar às aulas, em agosto, Flávio Ferreira Rodrigues, 24 anos, vai, finalmente, se apresentar como Kakau Ferreira Rodrigues — e assim ser chamada por colegas e professores. Ela é uma das dezenas de jovens travestis e transexuais que vão ganhar o direito de ver na caderneta escolar e na lista de chamada o nome com o qual querem ser reconhecidos. Além disso, poderão se vestir de acordo sua identidade de gênero. A medida vale para toda a rede estadual de Educação e em breve valerá também para ações da Secretaria Estadual de Saúde.


Os interessados em ter nas cadernetas e na ficha de chamada o nome substituído devem procurar a secretaria da unidade onde estudam.

E agora, educadores? Durante muitas oficinas realizadas em escolas públicas a gente se debatia nessa questão. Uma aluna travesti ou transexual pode ou não pode usar uniforme feminino? Vão lhe chamar pelo seu nome social (feminino) ou pelo nome de registro civil?
Acho que demos um grande passo, um passo fundamental em direção a uma escola que efetivamente respeite a diversidade de seus alunos e alunas. Outros estados e cidades já reconheceram esse direito. Agora é a vez do Rio.
Durante uma das oficinas realizadas em escolas públicas pelo projeto, os professores começaram um intenso debate sobre flexibilização ou não de normas e regras para uma aluna travesti. Depois de muitas idas e vindas, argumentos e contra-argumentos, uma professora, já exausta, lançou “ah! Mas ele é homem! E pronto!”.
E aí nós chegamos ao que de fato importa nessa questão. Mudar o nome na chamada, permitir o uso do uniforme feminino, compartilhar o banheiro das meninas, tudo isso, no fundo, depende apenas de uma coisa: se o educador reconhece ou se rejeita a identidade feminina da travesti. Se ele reconhece, tudo é resolvível. Se, pelo contrário, ele rejeita, tudo é empecilho. Muitas vezes os professores vão justificar no preconceito dos alunos ou dos responsáveis a impossibilidade de acolher uma aluna travesti. Em muitos casos, o preconceito dos outros serve aí para acobertar a sua própria dificuldade de lidar com a questão.
Reconhecer a identidade do outro é passo fundamental para podermos iniciar qualquer relação equilibrada e solidária. Tentar impor os nossos conceitos de gênero a um aluno é desrespeitoso e invasivo. Além de extremamente injusto, dada a desproporção de poder numa relação professor-aluno.
Muitos educadores olham as alunas travestis ou transexuais como potencialmente perigosas. E de fato elas são. São perigosas a partir do momento em que, pelo seu jeito de ser e de vestir, elas subvertem os padrões de comportamento de gênero socialmente estabelecidos. Mostram que esses padrões podem ser transformados e bastante questionados. São perigosas porque mostram que aquilo que parecia claro e óbvio, talvez não seja. São perigosas porque podem fazer pensar.
Fonte: www.diversidadesexualnaescola.blogspot.com, em 02 de junho de 2009. Acessado em 08/05/2011 as 18:47



domingo, 8 de maio de 2011

As várias cores da pedagogia...


Fonte: Banco de Imagens

Vermelho, amarelo e azul são as cores primárias. Laranja, roxo, verde e marrom são as secundárias. Mas todas elas são importantes, pois são as cores que embelezam nosso planeta.

Um exemplo é quando vemos o por do sol, é impossível não contemplar a beleza da cor no céu, assim como o tom do luar, e as lindas cores do fundo do mar.

As cores deixam o mundo mais bonito e alegre, dando um outro ar na atmosfera. Como é triste ver ao nosso redor, pessoas tristes, sem amor, frias e até sem cor. É aí que entramos nas várias cores da pedagogia, que no encontro das várias cores que formam um lindo arco-íris, podem penetrar na vida das pessoas, através de pequenas gotículas de cores, que aos poucos, abrem um prisma espargindo luz na vida da humanidade, trazendo cor para o mundo da educação.

O mundo da educação sem cor é nostálgico e sem graça. Desde pequenos, no estudar, o sujeito precisa entender o mundo a sua volta através dos significados das cores no mundo da educação, como por exemplo, a paz e tranqüilidade que o branco nos traz, a singela ternura de uma amizade que o azul nos transmite, a esperança que o verde representa, e a doçura de um lindo sorriso inspirando a felicidade que o amarelo nos transmite, entre todos os outros significados que as cores podem trazer.

Com as cores, o caminho da educação fica mais fácil de seguir, pois a cores podem dar novo sabor à vida do homem, alegrar e transformar seu convívio social, familiar e escolar. Assim, devem ser várias a cores da pedagogia para colorir o mundo da educação com as cores da alegria, dando forma, criatividade, emoção e magia, tornando mais feliz o processo do aprender, no espaço escolar e na escola da vida.

Através da música “Aquarela” dos compositores Toquinho e Vinícius de Moraes é possível perceber a arte das cores, pela qual podemos desenhar, dar forma e colorir nosso aprender.

Não deixe de ver o vídeo!
.
Fonte:


O PAPEL DAS ONGs NA EDUCAÇÃO.

O que são ONGs?

As ONGs são Organizações não governamentais (ou também chamadas de organizações não governamentais sem fins lucrativos), também conhecidas pelo acrônico ONG, são associações do terceiro setor, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modificar determinados aspectos da sociedade.
Estas organizações podem ainda complementar o trabalho do Estado, realizando ações onde ele não consegue chegar, podendo receber financiamentos e doações do mesmo, e também de entidades privadas, para tal fim.

 A APAS - ASSOCIAÇÃO PRESBITERIANA DE AÇÃO SOCIAL é pessoa jurídica, de direito privado, fundada em 6 de Dezembro de 1998 composta de duas unidades localizadas em duas regiões de grande vulnerabilidade social na Cidade de Campinas-SP, área de invasão no distrito de Sousas, e favela do São Fernando no Jardim Paranapanema. É filiada ao CMAS sob o nº 166, aoCMDCA sob o nº 023 e à Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social sob o número 5396. CNAS nº71010.002167/2006-38 e Utilidade Pública Federal nº08071.012250/2007-45. 

Temos como missão "transformar crianças, adolescentes e famílias, libertando-os da pobreza cultural, espiritual, econômica, social e física, capacitando-os para serem adultos reponsáveis e cidadãos plenos". As duas unidades atendem juntas mais de quatrocentas crianças distribuídas em dois períodos de segunda à sexta-feira das 07h30 às 16h30 e aos sábados no período matutino. APAS oferece às crianças três refeições diárias obedecendo um rigoroso cardápio do Ceasa-Campinas, educação infantil não formal, orientação e apoio familiar, atendimento sócio-educativo, projetos especiais, educação para o trabalho, defesa de direitos e enfrentamento à violência. 

Nossas atividades proporcionam a criança e ao adolescente carente o suporte físico e social necessário para que tenha condição de ser um cidadão completo no pleno exercício de seus direitos e deveres no seio da sociedade.APAS conta com profissionais especializados, cônscias de sua responsabilidade social, que proporciona uma sólida formação sócio-educacional para os nossos usuários, tirando-os da rua. 
                                              
 
Sabe-se que o Governo é o grande responsável pelas questões sociais, entretanto ele não tem suprido as necessidades básicas da sociedade como um todo, devido a grande déficit social, quer no trabalho digno para todos, na moradia, na educação de qualidade, no transporte digno, na saúde, no lazer, e muitas outras carências da sociedade brasileira que impedem o desenvolvimento do nosso semelhante num cidadão completo.

                                                                                                                     
Dentro desse quadro caótico, nós cristãos temos uma dose dupla de responsabilidade, primeiramente pela ordem Divina de não esquecermos do pobre e aflito (“Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei retamente com o aflito e o desamparado” Sl.82:3 e “Quando no meio de ti houver algum m cumprido sua responsabilidade dentro dos planos de Deus e junto aos ideais do terceiro setor. Sua competência estende-se aos seus parceiros, amigos, líderes, funcionários, voluntários e profissionais especializados, dentro de suas áreas do saber, proporcionando uma assistência sólida e de excelência aos usuários da entidade nas comunidades carentes onde atua, tornando-se um verdadeiro oásis ao     longo de seus dez anos de existência.


EDUCAÇÃO E RELIGIÃO

Metade das escolas do país tem ensino religioso na grade curricular

Foi constatado que metade das escolas do país possui o ensino religioso como disciplina. O conteúdo dos livros didáticos, muitas vezes, além de religioso, tem informações discriminatórias em relação a outras religiões

3 de março de 2011

No Brasil, 98 mil colégios, entre públicos e privados, possuem o ensino religioso como disciplina. Esse número começou a ser levantado em 2009.

Esse fato demonstra o quão anacrônico é o regime brasileiro. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 estabelece: "O ensino religioso constitui disciplina dos horários das escolas oficiais, é de matrícula facultativa, e será ministrado sem ônus para os poderes públicos, de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou pelo seu representante legal ou responsável".  

E a Constituição de 1998 é contraditória, ela afirma que “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental" ao mesmo tempo em que prevê que “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas (...)III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”.

Em 2008, o governo Lula assinou um acordo com o papa Joseph Ratzinger que determina que "o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental".
A matrícula facultativa é um pretexto para não evidenciar a obrigatoriedade que o acordo firmou desse tipo de ensino nas escolas. Um exemplo disso é o que aconteceu recentemente no Paraná. Os pais de dois meninos tiveram que realizar um acordo com a escola pública para que eles deixassem de freqüentar as aulas de religião. 
Se fosse facultativa a matrícula, os alunos não teriam tido uma única aula sobre o assunto e os pais, que são ateus, não teriam necessidade de realizar um acordo com a escola.

É evidente que o fato de ser facultativo é apenas uma desculpa. Na prática, ele é para todos. A partir do momento em que é oferecido pela escola, a quase totalidade dos alunos assistirá às aulas. Vale ressaltar também que, embora tenha sido falado que a aula abrangeria várias as religiões, a católica, que é predominante no país, também dominará a disciplina nas escolas, impondo sua doutrina.
Para se ter idéia do que essa medida acarreta, vale destacar o exemplo de uma aula na escola pública de Samambaia, cidade satélite de Brasília, divulgado recentemente. Uma professora do 3º ano do ensino fundamental pergunta aos alunos “O que são as histórias da Bíblia? Fábulas, contos de fadas?" E eles respondem “não”, “são reais”.

No ano passado, Dom João Braz de Aviz de Brasília divulgou um informativo no qual pede para que os católicos obriguem as escolas a oferecer o ensino religioso. “Senhores pais, o ensino religioso é um direito do educando garantido por lei. É importante que pais e alunos exijam e acompanhem, na escola, o conteúdo e a forma em que está sendo oferecido. É importante também verificar as escolas que não estão oferecendo e por quê”.
Vinte e dois estados afirmam que adotam um sistema interconfessional, ou seja, em que as “principais” religiões são ensinadas em sala de aula. No entanto, esse tipo de ensino é completamente contrário ao principio da laicidade do Estado. Não cabe às escolas públicas ensinarem religião, e sim às instituições religiosas.

Uma lei estadual do Rio de Janeiro determina a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas públicas, assim como o previsto no acordo com o Vaticano com o governo federal em 2008. Os professores passam por cursos definidos por instituições religiosas credenciadas pelo Estado, ou seja, uma total vinculação do Estado a essas instituições.  
O fato é tão gritante que o Ministério Público Federal está movendo uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) contra o ensino religioso nas escolas públicas. 

Os livros didáticos reforçam preconceitos e discriminam religiões

Uma pesquisa realizada pela Professora da UnB Débora Diniz e divulgada em junho do ano passado demonstra que os livros didáticos de escolas públicas e privadas, aprovados pelo MEC, pregam o cristianismo e são discriminatórios.

Os livros analisados definem a homossexualidade como “desvio moral”, "doença física ou psicológica" e "conflitos profundos". Em um exercício está a seguinte questão: "Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?".
Os livros tratam de forma desigual religiões diferentes do catolicismo. Segundo constatado, há duas vezes mais aparições de lideranças católicas que todas as outras religiões juntas.

Em um dos livros há a associação de pessoas sem religião com o nazismo, no livro há um combate ao ateísmo e ao lado uma foto de um campo de concentração nazista. "É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores", conforme afirmou a pesquisadora. Isso é, além de tudo, um cinismo, uma vez que a Igreja Católica foi uma das grandes apoiadoras do regime de Hitler.

As escolas públicas devem ser laicas, não tendo em sua grade curricular o ensino de qualquer tipo de religião. A separação do Estado das Igrejas visa garantir um mínimo de direito e igualdade. Cada um deve ser absolutamente livre para professar qualquer religião que queira ou de não aceitar nenhuma religião.
 A existência do ensino religioso nas escolas, que é fundamentalmente o ensino da religião católica, estabelece diferenças entre os cidadãos quanto aos seus direitos de acordo com as crenças religiosas. A religião deve ser um assunto de esfera privada, o Estado não pode ter nenhuma vinculação com a religião e as sociedades religiosas não devem estar ligadas a este.

(As opiniões e pontos de vista não expressam necessariamente a posição das estudantes responsáveis pelo blog)



A História do Lápis
 
O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:

- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco
- E, por acaso, é uma história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. 
Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo: 


'Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
'Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
'Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
'Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
'Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, então, procure ser consciente de cada ação.'

Fonte: Banco de Imagens

sábado, 7 de maio de 2011

Poetando...

A importância da família na escola
               Por Reini Cardoso

Para ser realizar um bom trabalho
A escola precisa contar
Com a parceria dos pais
E do povo do lugar
Trabalhar isoladamente
Não deu certo nem antigamente
Imagine atualmente, não dá!
Os pais precisam depositar

Confiança na instituição
Entre escola, alunos e pais
Individualismo não dá mais
Parceria é a solução
É preciso que exista afetividade
Compromisso e dedicação
Para que possamos conseguir
Reverter a situação

Um ensino de qualidade
É nossa responsabilidade
E também obrigação
Os pais precisam participar
De todo evento escolar
Isto incentiva os filhos e todos irão ganhar
Alunos, escolas e pais
Educação assim se faz
E o sucesso logo virá

A participação da família na escola
É de total importância
Acompanhar as atividades dos filhos
E observar as mudanças
Não precisa ser convidado
Visite o alunado
Incentive essas crianças!

Mesmo estando na escola
Precisa de acompanhamento
Carinho, apoio e diálogo
Ajudará no desenvolvimento
A criança precisa de motivação
Motive-a! Por que não?
Agora, já, neste momento!

Não apareça na escola
Somente para reclamar
Cumpra com o seu dever
De a escola ajudar
Sua presença é importante
Dê sua atenção por um instante
Pode até elogiar!

Elogie um trabalho
Um aluno ou um professor
Dê sugestões
Fale se não gostou
Mas para reclamar
Precisa se inteirar
De como tudo se passou

Converse com o seu filho
Fale de carinho, de valores
Caso tenha algum problema
Avise aos professores
Não deixe seu filho sozinho
Ele precisa de carinho
Não só de educadores

Seja carinhoso sempre
Rigoroso se necessário for
Não o deixe fazer tudo o que quer
Ensine-o a ser respeitado
Fale do errado e do certo
Esteja sempre por perto
Seja o seu mediador

Senhores pais escutem
Por favor! Venham visitar
Visite a escola do seu filho
Com certeza ele irá gostar
A escola muito mais
Pois sozinha jamais
Ela poderá trabalhar.